OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA

A comunidade da Zona Oeste quer informações mais detalhadas sobre todas as intervenções previstas na Operação Urbana Consorciada Água Branca. Quer a realização de Audiências Públicas Temáticas (drenagem, patrimônio, viário, equipamentos públicos, mudanças climáticas, uso e ocupação do solo dentre outros), e de Audiências Públicas Devolutivas, com tempo suficiente para compreensão do problema e debates/proposições, visando o estabelecimento de um diálogo maduro, responsável, competente e comprometido com a sustentabilidade e a qualidade de vida de nossos bairros e moradores.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Linda participação da comunidade!


A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente não aceitou o pedido, feito pela comunidade dos bairros atingidos pela Operação Urbana Água Branca, de realização de audiências públicas temáticas, onde haveria maior tempo para a apresentação, o esclarecimento e a discussão de temas tão complexos e importantes.

Então, a sociedade civil cuidou de preparar seus moradores, organizando reuniões onde conselheiras e associações fizeram apresentações e esclareceram dúvidas sobre a Operação Urbana Consorciada Água Branca e a Operação Urbana Lapa Brás.

Na quarta, dia 19/01, foi realizada a segunda reunião técnica preparatória da Audiência Pública sobre a Operação Urbana Água Branca, com a participação de centenas de moradores.

Muitas dúvidas sobre os projetos, preocupação com as consequências e indignação com a interferência autoritária do governo municipal na vida das pessoas foram manifestadas pelos participantes, na sua grande maioria moradores que vivem nos bairros desde que nasceram.

Mas uma certeza  -  somente com a união e a participação de todos será possível garantir o direito cidadão de opinar e decidir sobre a qualidade das suas vidas e fazer com que o poder público respeite isso.

Ficou decidido que a participação da comunidade na Audiência Pública será massiva e organizada e as reivindicações serão também apresentadas por escrito.

Leia aqui a integra da exposição técnica apresentada pela Conselheira do CADES/SVMA, Ros Mari Zenha.
  

A comunidade não esqueceu da sua participação e proposição durante a elaboração do Plano Diretor Regional

Para a elaboração do Plano Diretor Regional, a comunidade dos bairros da Subprefeitura Lapa participou em 2003, de 15 atividades, entre reuniões distritais, reuniões temáticas, plenárias e oficinas, onde foi definido o bairro que queremos, a partir da discussão do bairro que temos.

A finalização dos planos diretores regionais foi publicada como lei em 2004.

Hoje, a proposta de reformulação da Operação Urbana Água Branca não considera e desrespeita o acúmulo da comunidade lapeana na discussão e proposição de uma cidade melhor.



2a. Audiência Pública sobre o EIA RIMA da Operação Urbana Consorciada Água Branca

dia 27 de janeiro de 2011, quinta feira 18 horas na UNINOVE Avenida Francisco Matarazzo, 364 - Anfiteatro do prédio C

domingo, 16 de janeiro de 2011

Vamos preparar a nossa participação na Audiência Pública sobre a Operação Urbana Água Branca

A comunidade da Água Branca, Lapa, Pompéia, Perdizes e Barra Funda fará a segunda reunião técnica, preparatória da sua participação na Audiência Pública sobre a Operação Urbana Água Branca.

Dia 19 de janeiro, quarta feira, 19h
Igreja São Pedro Apóstolo
Rua Corcovado, 179, Lapa de Baixo


2a. Audiência Pública sobre a Operação Urbana Água Branca
Dia 27 de janeiro, quinta feira.
18 horas na UNINOVE

Avenida Francisco Matarazzo, 364 - Anfiteatro do prédio C


Participe, divulgue para sua família e vizinhos/as.

Os subsídios para as reuniões você encontra nas páginas deste blog.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Gestão do Solo Urbano - Enchentes, Várzea do Tietê, Operação Urbana Água Branca

Com as chuvas de janeiro, as enchentes voltaram e os bairros que estão no perímetro da Operação Urbana Água Branca ficaram alagados. 

Famílias, indústrias, comércio tiveram prejuízos que não serão recompensados pela Prefeitura ou Estado de São Paulo. Pela imprensa acompanhamos os vários depoimentos de pessoas que perderam móveis, roupas, vidas - e sempre a mesma conclusão - fazer o que? sempre foi assim! vamos tocar a nossa vida...
Ou enquetes para apurar de quem é a responsabilidade - da prefeitura? do governo estadual? de São Pedro que briga com São Paulo...?

Os bueiros e galerias não comportam o volume de água, que inundam as ruas a qualquer pancada de chuva mais forte. 

O rio Tietê transborda e as águas voltam pelos córregos e galerias, enchendo as ruas e casas, mesmo que a chuva já tenha deixado de cair. As galerias são antigas, os córregos estão assoreados e cheios de lixo, as várzeas estão ocupadas e impermeabilizadas.

A Operação Urbana Água Branca propõe o adensamento e impermeabilização da várzea do Tietê, e mesmo que ofereça soluções de drenagem ou imponha medidas mitigadoras, as enchentes continuarão, pois hoje o solo já está sobrecarregado e o rio precisa de várzea...

Nós, comunidade da Água Branca, seremos atingidos pelas decisões da Prefeitura. Precisamos conhecer melhor quais são os motivos que faz com que em cada verão as ruas e casas sejam inundadas pelas águas da chuva e pelas águas sujas do rio Tietê.

Precisamos debater as propostas, impedir os absurdos que violentam e trastornam as nossas vidas. Precisamos defender e votar em propostas que garantam a qualidade de vida, o meio ambiente, o respeito aos direitos cidadãos.

“O território abarcado pela OU situa-se em área de várzea ao sul do rio Tietê, susceptível a inundações (enchentes periódicas), com lençol freático raso (valor médio 2,9 m), com a presença de solos argilosos, arenosos e materiais orgânicos e dificuldade de drenagem e escoamento de águas servidas e pluviais.

As águas superficiais vão para 5 córregos: Água Branca, Água Preta, Sumaré, Quirino dos Santos e Pacaembu, desaguando no Tietê. Estes córregos estão em situação precária, assoreados e sem capacidade de transporte hidráulico e há carência de linhas de drenagem dada a urbanização da área.

As soluções de drenagem propostas pela prefeitura para a OUAB (escoamento das águas e aumento da permeabilidade do solo) não são detalhadas para melhor compreensão da sociedade civil.

Propõe-se como alternativa tecnológica a adoção de um sistema de drenagem conectado a um sistema de áreas verdes + plano de desassoreamento e limpeza periódica das galerias dos córregos.

Várias medidas são propostas: implantação de áreas verdes e espaços públicos; lagoas de amortecimento das águas pluviais; contenção de margens dos córregos; áreas verdes inundáveis; recomposição da vegetação ciliar; áreas adicionais de parques lineares; melhoria dos sistemas de drenagem; isolamento das galerias dos córregos Sumaré e Água Preta; implantação de reservatório junto ao Viaduto Pompéia; estruturas de controle e recuperação de 2 trechos de várzeas, a jusante em canal aberto do córrego Quirino dos Santos e do canal de saneamento das bacias dos córregos Pacaembu e Anhanguera.

Sente-se falta de um Plano de Bacias que é um dos principais instrumentos de gestão. A elaboração e implementação do Plano de Bacia possibilita atender ao princípio básico que norteia a Política Estadual de Recursos Hídricos, ou seja: “...que a água, recurso natural essencial à vida, ao desenvolvimento econômico e ao bem-estar social, possa ser controlada e utilizada, em padrões de qualidade satisfatórios, por seus usuários atuais e pelas gerações futuras...”. O Plano organiza os elementos técnicos de interesse e estabelece objetivos, diretrizes, critérios e intervenções ou ações necessárias para o gerenciamento dos recursos hídricos.

É necessária a elaboração e implementação de um Plano para as cinco Bacias Hidrográficas que compõem o perímetro da OU Água Branca e a conexão entre esse estudo e o da bacia do Alto Tietê de modo a ser ter um diagnóstico amplo que possibilite à sociedade civil avaliar a pertinência ou não das soluções técnicas propostas e, também, a elaboração da carta geotécnica da área (que alia as fragilidades e o uso) para subsidiar o ordenamento físico-territorial (cremos que a realização de estudos executivos das Bacias Sumaré e Água Preta (em andamento), de forma isolada, não dão conta de equacionar o problema”.

Ruas da Vila Chalot, Água Branca, que encheram com as águas que voltaram pelas galerias, 
com o transbordamento do Rio Tietê.




Vídeo com imagens da enchente na Av. Pompéia

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Área na Pompeia fica submersa pela chuva a cada 17 dias no verão

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULOVANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

07/01/2011 - 03h00 - FOLHA DE SÃO PAULO

Uma região da Pompeia (zona oeste de SP) próxima ao Bourbon Shopping e ao estádio Palestra Itália fica submersa a cada 17 dias no verão, com transtornos graves, como carros boiando.

O levantamento feito pela Folha, a partir da dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), considerou apenas registros em que o local encheu tanto que ficou intransitável.

Apenas nestes casos, trechos da área ficaram mais de 13 horas submersas no verão passado e neste início de estação. Considerando-se só janeiro de 2010, foi um caso a cada 6 dias. Neste ano, ocorreu pela primeira vez nas chuvas de anteontem.

VEJA O VÍDEO

Por volta das 19h30, uma cena já conhecida por Maria Lívia Spinello, 56, se repetiu.

Uma pancada de chuva de verão caiu e, menos de 20 minutos depois, a água começava a invadir sua casa.

"Sempre teve enchente aqui, mas está piorando cada vez mais", diz a moradora, que vive ali desde que nasceu e desde sempre observa o acúmulo das águas.

O principal problema é o relevo do local --a área fica em uma baixada.

Quando a Folha chegou ao local, a veterana de enchentes botava para fora freezer e sofá estragados pela água que subiu mais de um metro, segundo marcas na porta de sua casa.

A praça Marrey Júnior, a rua Turiassu e o cruzamento das avenidas Francisco Matarazzo e Pompeia são as campeãs de alagamento na zona oeste da capital desde dezembro de 2009.

Moradores da região culpam a construção do shopping pelo agravamento do problema. Com o grande aumento de áreas impermeabilizadas na região --causados também por outras construções--, a água da chuva não tem para onde escoar.

O empreendimento diz que construiu dois reservatórios em seu terreno, suficientes para conter ao menos a água que cai sobre o edifício.

O plano definitivo da prefeitura para a região da Pompeia, a construção de duas galerias, está ainda no papel.

Havia a intenção do poder público de construir um piscinão no local. A decisão está descartada, informa a prefeitura por meio de nota.

"Estudos minuciosos foram feitos. A melhor solução técnica e de custo encontrada para a área é a construção de uma galeria para o córrego da Água Preta e de outra para o córrego Sumaré.

Ali perto, ocorreu a primeira morte do ano por alagamentos na capital. Bombeiros acharam morador de rua com sinais de afogamento.