EXCELENTÍSSIMO
SENHOR DOUTOR PROMOTOR DE HABITAÇÃO E URBANISMO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
REF.:
Impactos da S. E. Palmeiras
Nós abaixo
assinados, moradores das ruas do entorno da Arena Allianz Parque e da Sociedade
Esportiva Palmeiras, no bairro da Água Branca, Capital, São Paulo, vimos
respeitosamente apresentar os problemas que temos sofrido no dia a dia com algumas das atividades na sede social da S.
E. Palmeiras.
Sede social da Sociedade Esportiva Palmeiras
A sede
social (clube) da S. E. Palmeiras funciona diariamente das 6 às 23h. Os
moradores dos condomínios das Ruas Turiaçú e Padre Antonio Tomás sofrem no dia a dia com os impactos das
atividades realizadas na sede social e pelas torcidas organizadas. É preciso
deixar registrado que os moradores já entraram em contato muitas vezes com a
diretoria da S. E. Palmeiras – por meio de cartas, telefonemas e reuniões, mas
os problemas não são resolvidos.
Rua Turiaçú
1) O prédio das
Quadras, com 6 andares, é utilizado para jogos, shows e ensaios. Sua estrutura
é vazada e não impede que o ruído das atividades, algumas com a utilização de
música alta e som amplificado, e a iluminação dos holofotes, invadam e
incomodem profundamente os moradores dos condomínios localizados em frente.
2) A retirada das
caçambas de lixo, também localizadas em frente aos condomínios residenciais,
provoca muito barulho e é feita em horário em que os moradores estão dormindo,
trazendo grande incômodo.
3) As torcidas
organizadas com sede na Rua Turiaçú e Caraíbas se reúnem para assistir a jogos
em suas sedes ou para saírem em caravanas quando os jogos não são realizados na
Arena Allianz Parque, com aglomeração, muita bebida e ocupando calçadas e
interrompendo as ruas Turiaçú e Caraíbas.
Por fim,
gostaríamos de registrar que desconhecemos qualquer consulta feita a moradores
sobre a mudança do nome de um trecho da Rua Turiaçú para Rua Palestra Itália,
aprovada pelos vereadores de São Paulo, a pedido do presidente da S. E.
Palmeiras, deixando para os moradores o ônus da mudança de endereço. Exatamente
no trecho de quarteirões onde tradicionalmente as ruas levam nomes indígenas.
Agora, as ruas Cotoxó, Tucuna, Caraíbas e Cayowá nos levam para a rua Palestra
Itália.
Rua Padre Antonio Tomás
O
restaurante, a churrasqueira e a piscina estão localizados abaixo das janelas
dos apartamentos dos edifícios que fazem divisa com a sede social da S. E.
Palmeiras, e os moradores sofrem com os seguintes problemas:
1) Barulho
intermitente do exaustor e fumaça das chaminés instalados no restaurante e
lanchonete do clube, localizado muito próximo das janelas dos apartamentos do
Condomínio Palmeiras. Muitas vezes “esquecem” de desligar o exaustor quando o
clube fecha, e ele fica funcionando durante toda madrugada.
Este grave
problema já existe há anos, os moradores já fizeram reuniões, entregaram cartas
e abaixo-assinados solicitando que a diretoria da S. E. Palmeiras desative este
exaustor, mas sem nenhum resultado.
2) Barulho
de geradores
Durante
aproximadamente 1 mês (entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015) a S. E.
Palmeiras manteve 2 geradores ligados ininterruptamente, instalados no
estacionamento localizado na Rua Padre Antonio Tomás, 220, incomodando
profundamente os moradores vizinhos, que escutavam com o ruído dia e noite como
se ”tivessem um caminhão dentro de casa”.
Outro gerador está instalado na parede da área da churrasqueira, que faz divisa
com o Condomínio Palmeiras.
3) Barulho
dos eventos realizados na área da churrasqueira, localizada embaixo das janelas
dos condomínios, após as 22h e madrugada.
4) Som alto
de caixas acústicas, utilizadas em algumas atividades na área das piscinas,
viradas para os prédios (festa de fim de ano, festa junina, atividades nas
piscinas).
5) Música
alta, tocada nas cornetas de som instaladas na área das piscinas, diariamente o
dia todo. Recentemente, esqueceram as cornetas ligadas durante 2 madrugadas.
6) Barulho
dos eventos realizados no restaurante.
7)
Estacionamento de ônibus que transportam atletas e de entregadores de alimentos
e bebidas, para abastecer o clube, e que ocupam calçada e rua com caixas, na
frente dos portões de entrada dos condomínios e interrompendo o uso desta área para acesso dos moradores.
Frente ao
exposto, solicitamos apoio do Ministério Público para solucionar os problemas
aqui registrados.
São Paulo, 12 de maio de 2015.
Assinaturas no anexo
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