25/4 - quinta feira, 19h,
na Câmara Municipal de São Paulo
29/4 - segunda feira, 18h30,
na UNINOVE Barra Funda (Av Francisco Matarazzo, 364)
POR QUE SOMOS CONTRA A REVISÃO DA LEI DA OPERAÇÃO URBANA C ÁGUA BRANCA - PL 397/18?
Não há JUSTIFICATIVA
que sustente as propostas de reduzir o valor de CEPAC para os míseros R$233,00
conforme a “tabela dinâmica”, ou mesmo retroceder aos patamares inicialmente
propostos em 2013 (reduzindo o valor de CEPAC residencial de R$1.400,00 para
R$700,00 e o valor de CEPAC comercial de R$1.600,00 para R$800,00) e a piora
dos parâmetros de ocupação da Gleba Pompéia.
Caso seja aprovado o PL
397/18 com essa revisão, as melhorias urbanas para a região da Água Branca
e bairros do perímetro expandido (que constituem a finalidade da operação
urbana) serão drasticamente prejudicadas. Não haverá os recursos necessários
para investir no plano de intervenções públicas da OUCAB e perderemos
habitações de interesse social, equipamentos públicos de saúde, educação, áreas
verdes, drenagem e mobilidade. Considerando o contexto de retração dos
investimentos do governo federal e penúria financeira do município de São
Paulo, esta situação é ainda mais grave.
- A OUCAB é uma LEI
RECENTE (Lei 15.893 aprovada em 2013), construída a partir de um longo processo participativo, que envolveu diversos setores da sociedade. Diferente
do atual processo de revisão proposto pela prefeitura, em que a maioria dos
representantes do grupo gestor da operação e da população que participou da
audiência pública (realizada em março de 2018) se colocaram
contrários. A falta de diálogo é outro
problema, a revisão foi enviada à câmara sem conhecimento do grupo gestor (eleito pela população com mais de 1600 votos) e ainda
contou com audiências marcadas sem antecedência.
- A operação conta com SIGNIFICATIVO
RECURSO EM CAIXA (hoje, R$620 milhões, com destinação, beneficiários, terrenos e projetos
definidos), com um grande atraso na sua aplicação. A execução desses
investimentos – como as moradias do Subsetor A1 que atenderão as famílias
cadastradas das Favelas do Sapo e da Aldeinha, que aguardam atendimento
habitacional há quase 10 anos; finalização das obras de drenagem do Córrego Água
Preta, que impedirá as enchentes no bairro da Pompéia e o prolongamento da Av
Auro Soares, que contribuirá para a mobilidade da região – DEVERIA
CONSTITUIR O CENTRO DOS ESFORÇOS DA GESTÃO MUNICIPAL.
- Foi realizado APENAS
UM LEILÃO de CEPAC, em 2015, quando os empreendedores não demandavam
potencial construtivo, pois muitos haviam recém aprovado projetos utilizando
outorga onerosa, e a dinâmica imobiliária na cidade encontrava-se em retração. Atualmente,
há indícios de recuperação do setor imobiliário, com alteração deste quadro.
Lembrando, que, a Operação Urbana Faria Lima também não obteve sucesso no
primeiro leilão, nem por isso deixou de ter boa arrecadação nos seguintes.
- O PREÇO MÍNIMO VIGENTE
DO CEPAC (de R$1400,00, para usos residenciais e R$1600,00, para
comerciais) É ADEQUADO. Caso a contrapartida financeira fosse
calculada pelo método utilizado antes de 2013 na Operação Urbana Água Branca
(pela outorga onerosa), que viabilizou inúmeros empreendimentos imobiliários, o
valor atual equivaleria entre R$1600,00 e R$2300,00[1]. O valor médio do
potencial construtivo pago em toda a cidade de São Paulo em 2017 foi de
R$1059,00[2].
- O PAPEL DE UMA
OPERAÇÃO é garantir que a construção de novos empreendimentos seja
acompanhada de MELHORIAS URBANAS para atender as demandas dos antigos e novos
moradores dos bairros da Água Branca, de forma a romper com o ciclo histórico
de adensamento de edifícios sem qualidade de vida.
- DESCONTO no valor
do potencial construtivo NÃO INDUZ DINÂMICA IMOBILIÁRIA. Os descontos
concedidos na outorga onerosa nos bairros com menor interesse do mercado
imobiliário, não evitaram que a concentração imobiliária continuasse a ocorrer
nas mesmas áreas de sempre (quadrante sudoeste). O mesmo ocorre com os setores
das operações onde o CEPAC é mais barato, como o setor Jabaquara na Operação
Urbana Água Espraiada, que não atraiu interesse do setor imobiliário.
- Caso sejam excluídas as
exigências para o reparcelamento da GLEBA POMPÉIA, a mesma poderá ser
ocupada sem seguir um plano urbanístico que confira qualidade àquela imensa
área. A cidade ainda PERDERÁ a contrapartida em HABITAÇÕES de interesse
social, EQUIPAMENTOS PÚBLICOS e no desenho do sistema viário de forma a
garantir uma boa MOBILIDADE.
[1] Cálculo realizado com base nos valores de terrenos do
ano de 2017, retirados do Estudo de Viabilidade Econômico da Operação Urbana
Água Branca, realizado pela Prefeitura Municipal de São Paulo.
[2] Calculado com base, em:
<http://outorgaonerosa.prefeitura.sp.gov.br/relatorios/RelSituacaoGeralProcessos.aspx>.
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