No Diário Oficial de 01 de maio/21 foi publicada resolução da Secretaria de Infra Estrutura e Meio Ambiente - SIMA, APROVANDO o Plano Diretor do Parque Dr. Fernando Costa - Parque da Água Branca.
Isso mesmo o que você leu.
A carta assinada por mais de 500 frequentadores do Parque, solicitando para a SIMA que a elaboração do plano diretor fosse adiada, para permitir participação social, transparência e controle, foi ignorada.
A reunião do Conselho de Orientação do Parque que vai apreciar a versão do Plano Diretor após a "consulta pública", está agendada pela Coordenadoria de Parques e Parcerias/SIMA somente para o dia 12 de maio/21.
Além de não atender a justa reivindicação dos frequentadores, a SIMA aprova o Plano Diretor na surdina, sem dar transparência dos critérios utilizados para aceitar contribuições ao texto e sem ter realizado devolutiva das contribuições que possam ter recebido pelo formulários.
Para que tanta pressa? o que será feito no parque nesse período de pandemia?
O que está sendo preparado escondido da população e dos frequentadores?
Processo fere o princípio da gestão democrática
De 24 de fevereiro a 26 de março de 2021, a SIMA publicou em seu site arquivos com uma minuta do Plano Diretor do Parque da Água Branca 2020/2021, de 164 páginas e 9 anexos, e um formulário para receber contribuições individuais ao texto da minuta. Não explicitou as regras do processo de consulta, coleta de contribuições e referências para análises e incorporação das sugestões, e o cronograma com informações sobre devolutiva e validação da redação final.
Uma carta assinada por mais de 500 frequentadores do Parque da Água Branca, por entidades que atuam com o tema de meio ambiente e parques urbanos, e por parlamentares, foi enviada ao Secretário Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente Marcos Rodrigues Penido e ao Secretário Adjunto de Meio Ambiente Srº Eduardo Trani, requerendo que a elaboração do Plano Diretor fosse adiada para permitir uma efetiva participação da sociedade na sua elaboração. No contexto do crescimento da pandemia do coronavírus, que impede reuniões e audiências públicas presenciais ou mesmo visitas ao Parque, o formato digital adotado para o recebimento de contribuições, e a não publicização do processo completo, fere o princípio da gestão democrática, da publicidade e da participação consagrados na Lei Federal 10.257/01, a legitimidade da ação do gestor público, o respeito ao cidadão e à cidadã e seu direito de expor tendências, preferências e opções, além da construção coletiva de propostas, que legitimam e podem conduzir o Poder Público a uma decisão de maior aceitação consensual.
O Secretário Marcos Penido também recebeu ofício do vereador Eduardo Suplicy e do Deputado Estadual Paulo Telhada, endossando a carta dos frequentadores e entidades. Todas essas manifestações foram ignoradas! Assim como também foram ignorados os representantes do Conselho de Orientação do Parque da Água Branca.
E pra que a pressa?
O Plano Diretor de um Parque estabelece diretrizes para o ordenamento, a manutenção e usos sociais; deveres de monitoramento e cuidados com a fauna e flora, com os recursos hídricos e demais sistemas que envolvem suas funções ambientais. A sua elaboração com transparência e participação cidadã é fundamental para a sua legitimidade e efetiva implantação.
Não aceitamos e denunciamos o atropelamento da SIMA e o desrespeito aos frequentadores do Parque da Água Branca.
Defendemos um parque público, com gestão transparente, democrática e controle social.
Frequentadores pedem adiamento da elaboração do Plano Diretor do Parque da Água Branca
Um absurdo, eu já tinha percebido que vários equipamentos já tinham sido desativados. Dória devolve o parque para a comunidade e com transparência sobre o que vai acontecer com ele.
ResponderExcluirProfessora, também sou frequentadora assidua e vizinha, e acho um absurdo a forma como as coisas estão sendo feitas.
ExcluirAtenção, além de aprovarem esse Plano Diretor do Parque da Água Branca sem transparência, continuam na surdina, agora vão para concessão os parques da Água Branca, Vila Lobos e Candido Portinari, sem considerar a manutenção dos equipamentos públicos existentes. Por exemplo o Museu Geológico, na concessão está disfarçadamente sendo chamado de "Centro de Educação Ambiental", como se nunca tivesse existido um Museu ali, assim fica fácil pra desmontar tudo. O Instituto de Pesca já foi expulso do Parque, eles que cuidavam dos lagos de carpas, e do aquário, que agora vai pra concessão també.
ResponderExcluirAssim o parque vai sendo descaracterizado e logo vai parecer um parque/shopping, na concessão não resguardam os animais, as galinhas, gatos, não há uma proteção para esses habitantes que tornam o parque da Água Branca tão especial.
Quem puder colabore enviando comentários ao edital de concessão dos parques, o prazo é até 30 de setembro.