Mais de 50% do território da zona oeste é objeto de propostas de grandes intervenções urbanas.
A intensa verticalização e as O.Us (Operações Urbanas) atrairão para esses bairros cerca de 116.104 pessoas - 86.289 além das que já nasceram e moram nesses bairros.
Considerando essa demanda, os órgãos de segurança estão sendo consultados?
O território é capaz de absorver o aumento viário promovido pelas O.Us?
Com o aumento da população, existirão equipamentos públicos
(hospitais, escolas, creches, etc) capazes e suficientes para absorver essa demanda?
A O.U. Água Branca pretende priorizar o atendimento de classes de renda média?
Como fica a população com renda inferior? Terão acesso a uma moradia digna?
Já existe um número importante de despejos da população pobre nas áreas de O.Us favorecendo os interesses imobiliários.
Como o patrimônio histórico, arquitetônico e fabril será tratado?
E a paisagem urbana? E os sítios arqueológicos existentes - cerca de 11 próximos ao Rio Tietê? E os bens tombados que correm sério risco de sofrer danos irreparáveis?
Os recursos hídricos são suficientes para atender a toda essa demanda?
Como fica a sustentabilidade de nossos aquíferos? Onde está o plano de macro drenagem das 5 bacias que existem no perímetro da O.U. Água Branca?
A mudança do clima em São Paulo, mais quente e menos úmido, com chuvas mais fortes traz para a cidade condições de extrema vulnerabilidade - como estas mudanças estão sendo consideradas no planejamento das intervenções que se pretende fazer?
A contaminação do aquífero subterrâneo e dos solos é grave na região - que medidas mitigadoras estão sendo propostas?
Temos escassez de áreas verdes em toda a cidade e a permeabilidade do solo é crítica, o que contribui, ainda mais, para a insalubridade da metrópole - vamos adensar mais os bairros sem sequer resolver os problemas já existentes?
De onde virão os recursos para as O.Us? Como serão aplicados?
Qual o cronograma e as prioridades?
Está sendo considerado, com extrema responsabilidade, o impacto ambiental e de vizinhança da Arena Multiuso Palmeiras?
E o impacto do ponto de vista histórico, social, arquitetônico e sentimental da O.U. Lapa-Brás, que pretende, literalmente, enterrar a ferrovia?
Essas várias intervenções - O.U. Água Branca, O.U. Lapa-Brás, O.U. Leopoldina-Jaguaré, Arena Multiuso Palmeiras e Fábrica dos Sonhos estão "se conversando"?
A comunidade quer informações mais detalhadas sobre todas essas intervenções, quer a realização de Audiências Públicas Temáticas (drenagem, patrimônio, viário, equipamentos públicos, mudanças climáticas, uso e ocupação do solo dentre outros) com tempo suficiente para compreensão do problema e debates/proposições visando o estabelecimento de um diálogo maduro, responsável, competente e comprometido com a sustentabilidade e a qualidade de vida de nossos bairros e moradores.
Na audiência pública realizada em 04/11/2010, que debateu o conteúdo do estudo de impacto ambiental da operação urbana consorciada água branca estavam presentes cerca de 70 associações e entidades, entre elas:
MOVIMENTO DEFENDA SÃO PAULO | ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS E MORADORES DO JARDIM PREVIDÊNCIA - AMAPAR | ASSOCIAÇÃO DE MORADIA VILA TURIASSU | ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS E MORADORES DO ALTO DA LAPA E BELA ALIANÇA - ASSAMPALBA | MOVIMENTO SOS PARQUE DA ÁGUA BRANCA | ASSOCIAÇÃO DOS TRABALHADORES SEM TETO DA ZONA OESTE E NOROESTE | MOVER - MOVIMENTO CONTRA A VERTICALIZAÇÃO DESENFREADA DA LAPA E ADJACÊNCIAS | MOVIMENTO PRESERVA SÃO PAULO | UNIÃO MOVIMENTOS POR MORADIA | CONSEG LAPA | NÚCLEO DE AÇÃO LOCAL DA LAPA DE BAIXO | ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DO PACAEMBU, PERDIZES E HIGIENÓPOLIS - AMAPPH | UNIÃO NACIONAL DE MORADIA
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