Por decisão da Cúria da Igreja Católica, o ponto de coleta seletiva da Associação Reciclázaro, que fica na Paróquia São João Vianney, Água Branca, foi desativado e o Paróco da Igreja, Padre José Carlos, idealizador e gestor da Associação, foi transferido desta paróquia.
Por entender que a Associação Reciclázaro desenvolve um importante trabalho, contribuindo para a sustentabilidade e a educação ambiental, a reciclagem de resíduos sólidos, a inclusão social, o resgate da cidadania e da auto-estima, a comunidade da Água Branca e Lapa está coletando assinaturas em um abaixo-assinado dirigido ao Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, pedindo a manutenção do ponto de coleta e a permanência do Padre José Carlos na Paróquia São João Vianney.
Para assinar:
Ato Simbólico
No dia 16/01, domingo, faremos um ato simbólico: levaremos lixo reciclado para a porta da Igreja, embalados em sacos com a frase "Ambiente e inclusão social já!".
Os sacos serão distribuídos na porta da Igreja a partir desta quarta-feira (12), 14h00, até sábado (15) - final da missa das 16h00.
Associação Reciclázaro – Uma ação social de impacto ambiental
A Associação Reciclázaro completou, em 2007, uma década de atuação no apoio a populações em situação de risco social. No período, se credenciou como uma das organizações não governamentais mais bem estruturadas para atender homens e mulheres em situação de rua na cidade de São Paulo. Das 10 mil pessoas vivendo nestas condições, segundo dados oficiais da prefeitura, 900 passam diariamente pelas unidades da Reciclázaro. Portanto, cerca de 10% da população de rua da capital paulista integram algum programa de reinserção social desenvolvido pela ONG. O modelo de recuperação aponta para a origem desta entidade sem fins lucrativos: a Reciclázaro nasceu no seio das pastorais sociais da Igreja Católica, em meio a uma ação da paróquia São João Maria Vianney, na Lapa, para recuperar a Praça Cornélia, degradada pela miséria e o tráfico de drogas. Este é o contexto em que desenha-se, em 1998, o primeiro projeto da Reciclázaro: a abertura da Casa São Lázaro para acolher moradores daquela praça, onde até hoje funciona a sede da organização. A Casa São Lázaro abriu caminho a uma série de iniciativas em prol do povo da rua. Disponibilizou psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, dentistas, advogados e um curso de alfabetização. A preocupação seguinte foi encontrar uma alternativa de sustento próprio para as pessoas atendidas. Não bastava apenas tratar, orientar, oferecer banho e alimentação. Constatou-se que a maioria era formada por catadores, quase sempre explorados por donos de “ferro velho”. Recebiam pouco pelo material recolhido das ruas, e às vezes em troca de álcool. A Reciclázaro montou, então, um programa de coleta e triagem de materiais recicláveis: a experiência pioneira da Comunidade Produtiva Reciclázaro, na mesma Praça Cornélia, onde tudo começou. Vem daí o nome Reciclázaro, que fixou a imagem da ONG junto à sociedade. Hoje, essa comunidade está sediada no Butantã, num terreno de mil metros quadrados, e recicla 70 toneladas de material por mês (lata, papelão, plástico, vidro e alumínio). Padre José Carlos Spinola, presidente e fundador da entidade, resume o carisma da Reciclázaro: “A latinha volta a ser latinha, o papel volta a ser papel, o vidro volta a ser vidro, o plástico volta a ser plástico e o Ser Humano, volta a ser Ser Humano”.
http://www.reciclazaro.org.br/
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