Em 07 de março, a imprensa noticiou que "O Brasil se aproxima de ter uma média móvel de 1.500 óbitos por dia por covid-19. Hoje, a taxa em 1.497, a maior desde o início da pandemia". Nesse mesmo dia, mais uma vez, assistimos horrorizados a tolerância com o futebol.
Mesmo o Estado de São Paulo inteiro estar na Fase Vermelha do Plano São Paulo, mesmo após os inquéritos instaurados pelas Promotorias de Saúde Pública e de Habitação e Urbanismo do Ministério Público de São Paulo ou mesmo após a nota do 2º Batalhão de Polícia de Choque informando que a Polícia Militar do Estado de São Paulo autuará garantindo a ordem no entorno do estádio antes, durante e após a partida, conforme discutido em reunião preparatória com os órgãos públicos e privados envolvidos na operação.
As ruas vazias, grades e o policiamento informado na nota foi até o término do jogo. Depois, com acompanhamento do policiamento, milhares de pessoas promoveram aglomeração em diversos pontos do bairro e interrompendo o trânsito de importantes avenidas, como documentado pela imprensa e redes sociais. Contribuindo para a aumentar e disseminar a contaminação por coronavirus e colocando a saúde e a vida das pessoas em risco. De quem estava no local e depois, dos familiares, ao voltarem para casa. E dos moradores.
E poderia ter sido evitado.
As perguntas que fazemos, como cidadãs e cidadãos, são:
- Até quando o futebol não seguirá as regras que são válidas para o restante da sociedade? não só pela pandemia e pelos riscos na vida das pessoas que as aglomerações de torcedores provocam, mas também nos impactos pelo bloqueio de ruas, excesso de ruído, riscos de acidentes e custos para o poder público pelos recursos utilizados nesses eventos.
- Até quando os órgãos e dirigentes públicos, a imprensa, a sociedade será conivente com essas aglomerações?
- Qual autoridade permite que isso aconteça?
Confira e faça as suas perguntas:
Torcedores do Palmeiras ignoram "toque de restrição" em São Paulo e aglomeram na Academia; vídeo (GE)
Palmeirenses ignoram pandemia e se aglomeram após título da Copa do Brasil (UOL)
A respeito da final da Copa do Brasil que ocorrerá entre o time da Sociedade Esportiva Palmeiras e o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, em 07/03/21, às 18h, informamos que a Polícia Militar do Estado de São Paulo autuará garantindo a ordem no entorno do estádio antes, durante e após a partida, conforme discutido em reunião preparatória com os órgãos públicos e privados envolvidos na operação.
Cumpre esclarecer que a estratégia de atuação considerou a atual Fase Vermelha do Plano São Paulo, sendo vedada qualquer atividade que gere aglomeração. Desta feita, a Vigilância Sanitária, com apoio da Guarda Civil Metropolitana e da PMESP, fiscalizará o funcionamento de estabelecimentos e reuniões no entorno do estádio. A Guarda Civil e fiscais da prefeitura atuarão, também, no combate ao comércio irregular para que não haja atrativos nas imediações da arena.
Ainda, para evitar aglomerações, as ruas imediatas ao estádio serão fechadas ao público a partir das 14h. Para isso, a PMESP se valerá de gradis e efetivo do Comando de Policiamento de Choque, do Policiamento Territorial e de Trânsito. Portanto, das 14h às 23h, somente moradores, trabalhadores de empresas da região e pessoas envolvidas na organização serão autorizados a passarem pelo isolamento das ruas Palestra Itália, Cayowaá, Diana, Caraíbas e Padre Antônio Tomás (e suas adjacentes).
A fim de bem cumprir a missão, serão empregados efetivos do 2º Batalhão de Polícia de Choque, Regimento de Polícia Montada, 4º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano e do Comando de Policiamento de Trânsito.
Por fim, a Polícia Militar solicita que os torcedores não compareçam ao estádio, nem ao centro de treinamento do Palmeiras a fim de que não ocorram aglomerações e, consequente, propagação da Covid-19.
(05/03/21)
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